Metade de mim é meu
A maçã não simboliza nada
Pequeno resto do todo é seu
Vida alheia e mal fadada
Choro mais que choroso
Sensação de leito de morte
Corpo sempre sestroso
Nunca se engana no corte
Abundância da carne pálida
Sórdido encontro vazio
Putrefata e fálica
Ninguém mais o viu
Despediu-se de antemão
Enrolado ao reles terninho
Restou-lhe apenas senão
Um metro quadrado sozinho
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