sexta-feira, 7 de maio de 2010

Entre o céu e a terra

Vê aquela palavra escrita lá em cima
É apenas um pedaço do meu amor
A forma que encontrei de fazer a rima
Pra você provar do sabor

Pode não ter nada de tão fascinante
Podem ser apenas letras a dar um sentido
Ou formas alheias num céu verdejante
Querendo encontrar um abrigo

É uma expressão simples, eu sei
Não sou Neruda nem Raquel de Queiroz
Sei que para os mestres diria, tentei
Ao menos fala algo sobre nós

O verso não está tão perto
Quero que busques no horizonte
Mesmo que atravesses o deserto
E bebas água nessa fonte

Sei que não há asas
Para voar como passarinho
Apenas liberte as amarras
Que te esperarei no meu ninho

Posso ser o teu elo
Entre o céu e as estrelas
Onde estão escritas as palavras
Não são azuis, são vermelhas

A cor que dizem ser da paixão
Repetida nos clichês dos cartões
E também na do coração
Escondido nos porões

Masmorras que me prendem pra sempre
Correntes advertidas por todas as partes
Que não me soltam, nem tentam
E nunca me deixarão saber se chegaste

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